sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Boy you can't run, I'm a Killer


Ela olha para um lado, olha para o outro, entra em um carro qualquer. O motorista já era um conhecido de muitos e muitos anos atrás. Um motel qualquer de beira de estrada, prazer que ele irá sentir por poucos minutos. Três tiros no peito, sem provas.

Mais um em sua lista de vingança, mais um que riu enquanto ela chorava em um canto escondido no pátio da escola, quando criança. Ela o via com outras pequenas raparigas que um dia iriam ter pouco valor. Se debruçava em algum banco, esperava até tudo aquilo passar.

Outro Carro, um outro amigo daquele que ela mais queria. Outro motel qualquer. Luvas negras não deixam tantos vestígios, sem digitais, rápido e certo. Dois tiros, para confundir os policiais.

Olhando os álbuns de fotos antigas, loira em seu vestido rosa chá. Risos, dedos apontados para ela, sempre algum deboche por  vir . E ele sorria amargamente, irritantemente, enquanto suas pequenas lágrimas escorriam pelo seu rosto.

Finalmente o grande encontro, cinco vítimas depois. Em seu conversível preto, ele a pegou em seu ponto de encontro favorito. Moreno com olhos verde piscina, cabelos cacheados e um leve sorrisinho maldoso, o mesmo jeito quando criança. Um, dois, três beijos depois, e seus olhos se tornaram vermelhos por vingança mais uma vez.

Deitado de costas, ele virou seus olhos. Ela virou com suas luvas negras, e um calibre trinta e oito em punho. Ele rezou, ela contou sua história, o mesmo choro de antes.

Cinco tiros, mente vazia. Sem provas, sem lágrimas, sem perdão ou coração. Um casaco preto, policiais em toda parte, então ela caminha para fora, em suas botas de couro vintage pretas, longe de tudo e do Mundo, longe do seu lado assassino.

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