Em frente ao espelho, cabelos enrolados e batom vermelho. Um
sorriso com pouquíssima alegria, e um adeus por vir. Enquanto isso ele a olha, ainda
deitado na cama, talvez com lágrimas nos olhos, talvez com vontade de que ela
vá realmente embora, não daria para prever.
E ela abriu seus olhos verdes, rezando para que tudo aquilo
não passasse de um sonho. Mas querida, o mundo não é seu e ele não vai parar
para você consertar tudo de novo. Ele disse que a levaria para casa, mas que
casa? Qualquer quarto de hotel daria um jeito.
O Som do relógio era mais irritante do que toda aquela
maquiagem. Um, dois, três corações quebrados, e ela ainda estava viva. Depois
de seis meses, seus pensamentos já não eram mais dele, mas o seu coração quebrado
e consertado sempre seria.
Talvez todo aquele teatro poderia simplesmente fazer algum
sentido, mas na realidade tudo o que ela perdeu era bem real. Família, amor,
dinheiro, drogas e música alta...tudo enterrado em seu próprio cemitério de
memórias perdidas com o tempo.
“Goodbye Mon
amour, Peut-être que nous sommes dans une prochaine vie”. Ao sair,
deixou que algumas lágrimas caissem do seus olhos. Ir para uma outra vida,
viver distante de qualquer pessoa, mais uma vez a felicidade se vai.
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