sábado, 4 de janeiro de 2014

So go on, Life your life.


Então eu fiquei lá embaixo da água como se nada conseguisse me encontrar. Cantando baixinho a música que me lembra um tempo bom, que eu talvez precise esquecer, mas a única coisa que eu não quero pensar agora é em o que ter que esquecer. Eu não queria ter que esquecer.

Eu costumava a ser destemida, a ver o mundo como um parque de diversões, agora eu me pego quieta sentada debaixo de um chuveiro cantando uma música que me lembra você. E tudo o que eu queria era ter a capacidade de esquecer. Não por nós, por mim. Talvez eu tenha cansado de reconstruí um castelo pra alguém ir lá e quebrá-lo em pedacinhos. Ou talvez é só questão de tempo pra eu conseguir reerguer minha cabeça e gritar pro mundo “foda-se, eu sou forte”.

Eu vejo tudo desaparecer, você desaparecer, e tudo o que há  aqui dentro sumir como se nada tivesse acontecido. Então a única esperança seria me prender em meus sentimentos, mas se eu me prender a eles, eu volto a me prender a você. É uma confusão, um caos, eu gosto. Eu gostaria que você lutasse contra você mesmo, pois valeria a pena. Eu gostaria que você ficasse.

 Eu volto então pra uma vida sem graça, sem poucas certezas que eu tinha antes, sem sorrisos bobos, sem cidade iluminada. Eu volto pra aquela pessoa que sempre me preenche. Eu volto pra mim mesma.

 

 

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