quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Take care of your soul, dear.


O olhar dela sempre me dizia algo, mesmo quando estava coberto por lágrimas. O seu jeito me comovia, principalmente quando brincava com sua boneca de louça francesa. O que parecia tranquilo conseguia me assustar de uma forma inimáginavel e tudo o que eu acreditava já não era o bastante. Nela eu via o Bem e o mal, escondio por debaixo de lindos cachos negros e olhos da cor do céu. A porta sempre estava entreaberta e de longe, diante de um grande corredor, eu a via tão frágil e tão forte ao mesmo tempo, poderia mover o mundo com um único toque, se quisesse. Seus pequenos pés descanços, suas pequeninas mãos, como aquela princesinha de contos de fadas. Não me enganei, desde o primeiro dia que a vi, ela seria tão incontrolável que nem mesmo ela poderia controlar, tão encantadoramente cruel que até mesmo Deus acreditaria em suas boas intenções. O inferno à espera, talvez, com todo os seus pecados escritos em um livro, toda a insanidade que sempre a pertenceu, todos os prazeres de uma vida sem sentido.
E diante do espelho eu a encontraria, por toda a minha vida, com outra face, com outras mentiras, porém sempre com uma detestável inocência, mesmo com os olhos cobertos por lágrimas.



Peripérsias do dia: haaa , to voltando.. devagar, mais estou.
Galera, pode voltar a comentar aqui ... muitas saudades de todos.

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